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Restaurante O Farela, Penafiel




Olá Maltinha Tasqueira.

Dezembro, mês de frio e chuva, e ainda por cima com o Natal à porta... O que é que pode melhorar este panorama? Nada melhor que juntar uma experiência gastronómica simplesmente fabulosa que vai virar a cabeça a todos os nossos seguidores ,e que colocou Penafiel na rota rota da Tasca do Brutus Blog.

No passado Sábado, dia 30/11, juntamente com alguma malta do Staff Técnico (o nosso Pinguça, o Machado e o Primo - que foi o responsável deste evento), foi dia de nos juntarmos para sem dúvida alguma, uma das melhores experiências gastronómicas que já experienciamos aqui na Tasca do Brutus, desde que começamos este projeto em Julho de 2018. Falo-vos da nossa visita ao Restaurante o Farela, em Penafiel...

Mas para começarmos a descrever a experiência, o melhor é fazer o enquadramento: A verdade é que à exceção do Primo, que já era cliente do Farela, e já nos tinha comentado que era obrigatória a passagem da Tasca do Brutus dada a boa disposição com que sempre tinha sido recebido e a qualidade da comida e também da bebida que até então tinha experienciado. Resumindo, não fazíamos ideia do que iriamos comer, mas sinceramente não estava muito preocupado, até porque o convívio estava garantido.

À hora marcada (20:30), ou melhor 10 minutos antes, chegamos ao destino, isto porque, tínhamos sido avisados que os horários eram para cumprir, pelo menos à chegada, e que o responsável do restaurante era uma pessoa que privilegiava a pontualidade. Portanto, aqui fica a primeira dica: ao marcarem mesa (aconselhável), tentem marcar para uma hora que sabem que vão respeitar.

À chegada, fomos recebidos pelo dono, o grande Adolfo Teixeira, juntamente com a sua esposa, a simpática D. Zita. Sorrisos e simpatia, foram a entrada principal para um jantar que se adivinhava pela recepção bastante agradável.

Logo de seguida, chegou a segunda remessa do nosso grupo, encabeçado pelo nosso querido Manuel, que se fez acompanhar por 2 amigos. A este grupo por si só já numeroso, e bastante animado, juntou-se ainda o casal que nos recebeu, o Adolfo e a D. Zita, mais 2 casais amigos do Adolfo que também iriam jantar por lá. E foi assim desta forma que o grupo se completou.

Depois das apresentações e de alguma conversa, começaram a chegar as entradas... Começamos com uns pratinhos de croquetes, bolinhos de bacalhau e chamuças que foi a primeira coisa que ataquei, pois a fome já era considerável.

Logo de seguida, chegaram também uns cogumelos salteados, e aqui quero desde já, realçar que estavam muito bem confeccionados, temperados e extremamente suculentos.

Para terceira entrada, uma alheira tradicional e juntamente com a alheira vieram umas travessas de salmão marinado levemente regado por vinagre balsâmico e acompanhado à parte por gomos limão e maionese... Minha gente, que coisa fabulosa. Salmão super fresco que quando misturado com o sumo do limão, tinha o dom de pôr o nosso palato a bater palmas de tanta frescura e sabor colocado naqueles nacos de verdadeira carne do mar... Simplesmente espetacular.

Mas, a meu ver, o melhor foi guardado para o fim, no que a entradas diz respeito. À primeira vista, não consegui perceber do que se tratava aquela empada comprida de massa folhada que vinha regada com mel e pinhões... Mas depois de provar e constatar que no recheio tínhamos uma almofada de queijo da Serra, o difícil foi parar de comer. Foi preciso auto lembrar-me que ainda ia haver prato principal. e que de acordo com a qualidade das entradas, o mesmo prometia ser bastante interessante.

Mas agora perguntam vocês... E tamanho festim de entradas não teve direito a nada para beber? Ao que eu respondo, teve sim senhor... Escolha do Adolfo para o tinto, foi nada mais nada menos que uma garrafa Magnum de 5L de Barrancôa, um Alentejano com 14% de graduação, que combinaria na perfeição com o que o ainda viria, embora houvesse quem preferisse outros tipos de vinho, contudo vou-me cingir apenas ao que experimentei.

Havia chegada a hora do prato principal, que foi nada mais nada menos Carne de Vaca Cachena assada lentamente no forno (cerca de 6 horas), acompanhada por arroz selvagem com pinhões e salada.

Começando pelo arroz, que sinceramente nunca havia provado tal preparação e tal tipo de arroz, apraz-me dizer que foi uma agradável. Aquilo que à primeira vista me parecia ervas aromáticas (tomilho), na verdade era mesmo arroz, só que de côr escura, daí o nome de arroz selvagem. O arroz estava simplesmente divinal, ao nível dos melhores preparados de arroz seco que já comi, e os pinhões para além de enriquecer a textura, acrescentavam também um sabor de resina que se enquadrava na perfeição com a proteína.

A carne, que tal como referi anteriormente, teve um tempo de preparação a rondar as 6 horas, o que por si só deixava adivinhar uma carne super tenra e suculenta. E a verdade é que correspondeu totalmente ao expectado. Os ossos das costelas saíram à mão enquanto a D. Zita ia explicando a origem da carne e a forma de a cortar.

Depois de toda a gente servida, lá experimentei a especialidade e não desiludiu em nada. Tempero top, super suculenta e em termos de textura parecia veludo. Super tenra e a desfazer-se na boca a cada dentada... Um verdadeiro manjar dos Deuses...

Para que o jantar fosse quase perfeito, nada melhor que juntar uma guitarra, umas canções e umas desgarradas praticamente a cargo do Staff Técnico da Tasca e a malhar no Adolfo, que soltou ainda mais o grupo e fez-nos passar do à vontade, para o à vontadinha...

Pelo meio das cantorias chegou a sobremesa... E que sobremesa meus amigos: Leite creme acabadinho de fazer, praticamente diretamente do tacho para a mesa. QUE MARAVILHA!!!!! Não poderiam ter acertado em melhor sobremesa para conjugar com este verdadeiro manjar. Para além disso, houve também um bolo de coco, mas que não provei e portanto, não vou comentar.

Para finalizar, em vez do tradicional digestivo, o Adolfo decidiu brindar-nos com uma garrafa de Espumante "Marquês de Marialva", mais uma vez em tamanho XL...

Um espumante da zona de Cantanhede que com a sua frescura e acidez controlada correspondeu às expectativas e ajudou ainda mais a que o ambiente se tornasse familiar com vários brindes a celebrar a amizade.

Escusado será dizer que este é o tipo de experiência que apreciamos e temos todo o gosto em recomendar. Simpatia, Ambiente espetacular e acima de tudo Qualidade em tudo o que veio para a mesa. Um autêntico regalo que tão cedo não irá sair da memória de quem esteve presente.

Quanto ao preço, fiquei boquiaberto quando o Adolfo decidiu cobrar 25 Euros por pessoa... Bem sei que o valor cobrado quase não cobre o custo de tudo o que veio para a mesa, mas penso que também terá sido a forma dele próprio dizer "Obrigado" por uma noite tão fantástica, que nem o verdadeiro temporal que se fazia sentir no exterior conseguiu estragar...


Desta forma, e em jeito de pontuação, aqui fica a nossa opinião sobre a experiência:


Ambiente: 10 - primeira vez que damos um 10 na Tasca do Brutus Blog


Comida: 9


Serviço: 8.5


Limpeza: 8.5


Preço: 9


Total Geral: 9


Ora bem malta, certamente que os mais atentos já perceberam que temos novo líder no Ranking da Tasca do Brutus Blog... É verdade, algo que já não acontecia desde que fizemos a visita ao Maximu´s de Ermesinde, em Outubro de 2018 que não havia mudanças no topo do Ranking.

Desta forma, aproveito para agradecer ao Adolfo e à Dona Zita pela arte de bem receber e a todos os que participaram nesta experiência que vai demorar bastante tempo a sair das nossas memórias...


Abreijos,


Brutus - 02/12/2019









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