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Adega Regional "O Feliz", Maia



Olá Maltinha Tasqueira.

Preparados para a primeira experiência de 2020? Espero que sim. Esta que é uma experiência especial, pois para além de ter sido a primeira vez que no ano de 2020 tive a oportunidade de me reunir com o Staff Técnico para um boa tainada, algo que já não acontecia que há algum tempo, foi também o dia em que o meu querido amigo Carlos Fonseca, que já me acompanhou em algumas brincadeiras da mesma essência, como nas experiências do "Dom Pernil", "Cervejolas" e "Repelão" se juntou ao Staff Técnico para uma bela tainada entre amigos.

E onde foi essa bela tainada? Na Maia, claro... Mais concretamente na Adega Regional "O Feliz", localizada nas sinuosas ruas de Ardegães, Águas Santas.

Claro que convém dizer que na semana anterior, eu e o Carlos já tínhamos ido fazer uma prospecção de mercado ao almoço, contudo, ficamos a saber que o serviço de almoço era completamente diferente dos lanches, pois os petiscos que nós tanto procurávamos não estavam disponíveis ao almoço e só a partir das 16:00 (+ou-) é que começam a sair...

Claro que ficamos com água na boca e combinamos logo que na semana seguinte iríamos lanchar lá.

E assim foi... No passado Sábado, dia 01 de Fevereiro, à hora combinada o grupo juntou-se já no destino e fomos logo recebidos pela menina Rute que nos encaminhou para uma das salas de refeição, tendo em conta que o dia estava chuvoso.

Quanto ao espaço, podemos dizer que é uma Adega Regional em todo o seu esplendor. Um pequeno espaço mais destinado a copofonia, e uma zona de refeições que apesar de pertencer à mesma habitação está diferenciada da parte da adega. Esta zona de refeições tem a vantagem de ter uma bela esplanada, perfeita para os dias mais solarengos do Verão e onde se fazem também uns belos grelhados, que infelizmente devido às condições climatéricas no dia em que fomos não estavam disponíveis.

Contudo, oferta era algo que não faltava. Depois de montada a mesa para o grupo de 7 pessoas, a menina Rute, que foi a pessoa que nos acompanhou em toda a experiência, fez o favor de nos apresentar uma lista com os petiscos disponíveis. Como não somos de complicar o que é fácil, a escolha foi fácil: "Traga um pratinho de cada e está feito..."

E assim foi. As iguarias foram chegando praticamente umas a seguir às outras. Enquanto isso, decidimos o vinho cuja a escolha foi Verde Branco da casa, que eu já havia provado na semana anterior e que parece aquilo a que nós chamamos na gíria "Sumol de Ananás" . De côr opaca e bem fresquinho, este néctar servido em canecas de porcelana foi desde logo um dos pontos positivos desta experiência. Um vinho que de acordo com a menina Rute, é produzido na zona de Lousada e que vem diretamente do produtor para a Adega "O Feliz"...

O vinho é muito agradável, contudo engana muito... Pode parecer inofensivo pela sua leveza, mas acreditem que de inofensivo não tem nada... Além disso tem um grande problema que eu próprio fiz questão de reportar a quem de direito: "Deixa-se beber com muita facilidade...". É um problema sério. À parte do verde branco também servem Verde Tinto, exatamente do mesmo produtor e que também tive oportunidade de provar. Posso-vos desde já adiantar que numa próxima visita, será a minha escolha.

Quanto a maduros, têm Maduro Tinto da bela zona de Santa Marta de Penaguião, para os amantes de vinho mais encorpado...

Feitas as apresentações destes verdadeiros néctares dos Deuses, passemos então à ação no que à comida diz respeito.

O primeiro petisco a ser provado, foram as bifanas que tinham acabado de ser feitas... Notava-se, pois ainda fervilhavam. Sabor típico e nada exagerado a nível de temperos. Tudo bem balançado e um molho que não sabia demasiado a vinho/cerveja, que por norma é o grande defeito em muitas casas semelhantes. Além disso, estavam cozinhadas no ponto, ou seja, as bifanas não se desfaziam, que é uma tendência neste petisco.

Mantendo-nos no porco, passamos para o pratinho de rojões, também eles bem confeccionados e tenros e bem apetrechados com tripa enfarinhada, redenho azeitonas e pickles. Uma boa opção sem dúvida.

De seguida, passamos para um pratinho de orelheira fumada com molho verde, que eu adoro... Estava divinal. Super tenra e com sabores bem equilibrados, não sobrepondo demasiado o sabor do molho verde ao fumo da orelheira.

Depois provei também o polvo em molho verde. Também ele muito bem cozido e cortado em pequenas rodelas. Aqui não há muito a dizer, apenas que o polvo não parecia chicla e que estava tenro.

A tábua de presunto e de salpicão era de uma qualidade excepcional, principalmente o salpicão, cujo sabor se coadunava na perfeição com o cheirinho a fumo que era sua característica. O presunto era normal... Saboroso e estava bem fatiado.

Contudo, houve alguns petiscos que não foram muito do meu agrado. Nomeadamente as moelas e as papas. No caso das moelas, apesar de estarem bem cozinhadas e bem tenras, o molho precisava de um pouco mais de personalidade. Achei-o um bocadinho insípido, talvez um pouco mais de picante pudesse ajudar a ter aquele fator diferenciador.

Quanto às papas, a minha decepção tem a ver com o facto de estarem completamente liquidas e sem consistência. Já quando fui almoçar na semana anterior tinha tido esta experiência, contudo quis experimentar novamente para ter a certeza, e infelizmente, das duas vezes as papas pareciam sopa. Certamente, devido ao facto de serem aquecidas na hora, mas quanto a isso, nada a fazer...

Vieram também para a mesa outras coisas que eu não provei, como é o caso do bucho com cebolada e das cordonizes assadas no forno, mas dizem os apreciadores que estava muitíssimo bom.

Além disso, houve também quem experimentasse a sande "O Feliz", que é nada mais nada menos, que febra no pão, como ovo, bacon e queijo. Eu sinceramente já não consegui, mas a verdade é que tinha ótimo aspeto.

Dediquei-me e em força foi à sobremesa: Queijo da Serra com marmelada... Que maravilha. Um queijo de sabor forte que combinado com a doçura da marmelada (caseira) compunha uma sobremesa capaz de por o palato dos mais exigentes críticos a bater palmas de felicidade.

Para finalizar, e como não poderia deixar de ser, terminamos com um cafézinho e um limoncelo fresquinho, digestivo esse que nos deu o gosto de ter sido acompanhado pela simpática Rute que aceitou o nosso convite para brindar connosco.

O serviço foi impecável, nunca faltou nada e ao mesmo tempo sentimo-nos como se tivéssemos em nossa casa. Talvez por ser uma Adega de gestão familiar, mas a verdade é que a simpatia das pessoas faz toda a diferença e aí a menina Rute foi sem dúvida um fator diferenciador.

Desta forma, e em jeito de apreciação, aqui fica a nossa opinião sobre a experiência na Adega Regional "O Feliz":


Ambiente: 9


Comida: 8


Serviço: 8.5


Limpeza: 8


Preço: 9


Total Geral: 8.5


Com esta pontuação, o Feliz posiciona-se no 4º Lugar do nosso Ranking da Tasca do Brutus a par de sítios de eleição como o Gazela no Porto e o Restaurante "A Casinha" em Matosinhos.

Recomendo vivamente uma visita à Adega "Feliz". Asseguro-vos que saem de lá a fazer jus ao lema da cidade Maiata... "Sorria, está na Maia."


Abreijos,


Brutus - 06/02/2020






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