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Arco da Velha Bistro & Wine Bar



Olá Maltinha Tasqueira.

Como vão essas vidas? Já estão em modo preparativos para o Natal ou são daqueles que rejeita sequer falar do Natal antes de Dezembro? Eu confesso que só começo a pensar nessas coisas já bem dentro do mês de Dezembro, e diga-se de passagem que já é stressante o suficiente.

E para não pensar ainda nessas coisas, nada melhor que trazer-vos mais uma experiência gastronómica bem fresquinha (até no sentido literal, face ao frio que anda por aí...), contudo esta será uma experiência baseada em 2 alturas diferentes, Março de 2017 e no passado dia 6 Outubro do corrente ano.

O local que vos trago fica localizado na zona de Cedofeita, mais concretamente na Travessa da Figueiroa, do lado esquerdo de quem desce a Rua da Boavista, falo-vos do Arco da Velha Bistro & Wine Bar.

O Arco da Velha apesar da sua localização próxima do centro do Porto, e tudo o que daí advém, seja positivo ou negativo, consegue providenciar aos seus clientes uma refeição descontraída, sem pressas, com atendimento personalizado e acima de tudo com boa qualidade. Com uma sala com capacidade para cerca de 25-30 pessoas, a meu ver é um espaço ideal para um jantar mais romântico a 2, uma reunião de amigos, ou até mesmo uma reunião de família ou de negócios. Enquadra-se perfeitamente em qualquer uma destas situações.

Numa primeira fase, visitei este local com um amigo, de seu nome Daniel Moura, ele que fez questão de estar presente no nosso Encontro de Seguidores da Tasca do Brutus, e em um dos nossos jantares que utilizamos para falar das vicissitudes da vida, fomos desaguar ao Arco da Velha, local que já há algum tempo tínhamos em vista de visitar.

À chegada, fomos muito bem recebidos por um dos proprietários, o Nuno Queirós, que nos acompanhou à mesa e nos explicou um pouco do funcionamento do restaurante.

Como não conhecíamos, deixamo-nos levar pelas suas sugestões e foi o que fizemos melhor.

Começamos por um chouriço assado em álcool e uma tábua de queijos portugueses e enchidos, que estava divinal, apresentando três variedades diferentes de queijo e compota, e ainda presunto, paio e chourição, polvilhado por uma pequena chuva de frutos secos e sultanas.

Apesar da vasta e rica carta de vinhos, onde se destacam os maduros do Douro, para beber optamos por um jarro de sangria de espumante e frutos vermelhos que apesar de no início estar um tanto ao quanto a cair para o excesso de doce, à medida que o gelo foi derretendo foi-se tornando mais agradável, finalizando a ser um excelente acompanhamento para as nossas tábuas.

De seguida, foi-nos apresentado uma taça com croquetes de alheira, que estavam maravilhosas e com um recheio muito bem conseguido. A fritura das mesmas estava no ponto e não apresentavam ponta de gordura excedentária, sendo bastante crocantes e agradáveis a cada dentada.

Para finalizar esta estreia no arco da Velha, terminamos com umas mini francesinhas, que de mínis têm pouco. Falamos de francesinhas servidas em pão bijou com o recheio típico da francesinha com o respetivo molho a acompanhar. Apesar de na minha opinião ter tornado a refeição bastante pesada, a uma francesinha nunca se diz que não, e mesmo não sendo a combinação perfeita entre sandes e molho, é uma boa opção para os que procuram mais consistência nestes jantares de tapas.

Como já não havia mais espaço disponível, ficamo-nos por ali, não tendo experimentado as sobremesas. Se bem me lembro, esta refeição na altura, ficou por pessoa a rondar algo como os 15 Euros, o que não foi nada de extraordinário.

Passados 2 anos desta ida ao Arco da Velha, resolvi voltar, desta vez acompanhado pela minha "mais que tudo", de forma a experienciar a vertente mais romântica do espaço e aproveitar para a marcar pontos na caderneta... ;0)

Foi então que numa quarta feira, debaixo de alguma chuva, lá fomos até ao Arco da Velha, depois de ter marcado diretamente através do contacto de um dos proprietários, o Nuno Queirós, que apesar de estar ausente, fez questão de passar o meu pedido de reserva à sua sócia, que estava à nossa espera à hora indicada.

Desta vez, começamos de maneira diferente... Uma couvert de pão, azeitonas e azeite aromatizado, que fez muito bem a sua função de nos entreter enquanto aguardávamos pelo nosso pedido.

Para beber, e por minha recomendação, mantivemos a sangria de espumante com frutos vermelhos, por ser uma bebida suave e que ambos gostamos, embora o dia convidasse mais a uma garrafinha de tinto, como por exemplo um "Papa Figos" ou um "Cabeça de Gaio", que estavam em destaque na garrafeira improvisada junto do balcão.

Para começarmos esta nossa degustação, iniciamos com um requeijão no forno que se apresentou temperado com ervas aromáticas e sal. Bastante agradável, mais até do que aquilo que estaria à espera. Como sabem, o requeijão não é o mais rico dos queijos em termos de sabor, mas a combinação com as ervas aromáticas e com o sal grosso, resulta muito bem.

Como não estávamos na disposição de pensar muito, solicitamos um "Sortido Rico de Petiscos para Dois" , composto por: calamares com maionese de alho, moelinhas, gambas ao alho, cogumelos recheados de alheira e grelos com cobertura de ovo de codorniz e ainda ovos rotos com presunto.

De tudo o que provamos, o que mais posso destacar, é praticamente tudo... Foi realmente um fartote de explosões de alegria para o palato.

Começando pelos calamares, que se apresentaram bem fritos e sem excesso de gordura, bem tenros e a combinar na perfeição com a maionese de alho.

As moelinhas, que normalmente, e digo-o sem problemas, é dos pratos que costumo evitar nestes restaurantes de tapas, estavam fantásticas. Tenras, com o sabor típico, providas de um molho riquíssimo, que nos fez comer 2 cestos de pão enquanto o mergulhávamos naquele molho fantástico.

As gambas ao alho foram também bastantes agradáveis. De porte considerável, apresentavam um sabor muito agradável, sem que o alho se sobrepusesse ao sabor da gamba. Sabores equilibrados e as gambas de qualidade superior.

Passamos agora para os cogumelos recheados com alheira e grelos cobertos com ovinhos de codorniz... Uau... que maravilha. O meu cérebro agradeceu-me para aí umas quinhentas vez o facto de estar a experienciar algo tão espetacular, capaz de deixar as pupilas gustativas aos pulos de alegria. Ao cortar o cogumelo ameio a gema do ovo mistura-se com os restantes produtos, criando uma química fantástica. Aconselho vivamente a provarem esta pequena maravilha.

Por fim, terminamos com os ovos rotos com presunto. Depois de bem misturar tudo, a combinação ficou no ponto. A gema do ovo é o segredo para que tudo se envolva numa combinação digna de registo.

Depois de tudo isto, a verdade é que mais uma vez não experimentamos as sobremesas. Algo que terei de retificar numa próxima oportunidade, pois vai acontecer, de certeza.

O serviço foi muito bem conseguido, com simpatia e eficiência. Apesar da pouco experiência do funcionário, tudo correu muito bem, sem enganos, com explicações claras e concisas e com muita simpatia.

Por fim, a parte que era escusada, mas que tem que ser, lá pedimos a conta, e os 20 Euros por pessoa, são mais do que justos para a qualidade e quantidade apresentada nesta refeição.

Assim sendo, deixo-vos a minha opinião em jeito de pontuação relativamente ao "Arco da Velha, Bistro & Wine Bar":


Ambiente: 8.5


Comida: 8


Serviço: 8


Limpeza: 8


Preço: 8


Total Geral: 8.1


Espero que tenham gostado desta experiência no Arco da Velha, um local multifuncional, capaz de surpreender pela qualidade da comida e pelo atendimento, que o coloca na "Safe Zone" do nosso Ranking, mais concretamente no 7º posto, ex aequo com as famosas Francesinhas do Afonso e com a Taberna Teles em Felgueiras.


Abreijos


Brutus - 12/11/2019













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