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Café Caçana, Montaria, Viana do Castelo

Atualizado: 29 de ago. de 2019

Olá Maltinha Tasqueira, como vão essas férias?

As minhas já estão a terminar e como tal nada melhor que terminar o "il dolce fare niente", com mais uma visita gastronómica que desta vez nos levou à zona do Minho, mais concretamente ao lugar de Espantar, Montaria, em plena Serra D´Arga, e com umas vistas fantásticas onde somos capazes de contemplar para além da beleza e do sossego que a própria Serra nos oferece, juntamente com o azul do mar, com vistas afastadas sobre belíssima zona de Vila Praia de Âncora.

Juntamente com uma equipa de mais 6 amigos, montamos a excursão num carro de 7 lugares que parecia feito à medida para o efeito.

Localizado na encosta da Serra de Arga, bem pertinho de Viana do Castelo e Ponte de Lima o Caçana é um tasco de excelentes características: atendimento de extrema simpatia, deliciosa gastronomia tradicional e preços convidativos. Sem contar no champarrião, uma bebida típica, pela qual ficou conhecido.

Partimos da Apúlia, local do ponto de encontro, por volta das 12:00 e fizemo-nos à estrada rumo à recomendação do meu amigo Manuel Pinto (aka Manuel Magoo), o café Caçana.

Após uma viagem de cerca de 45 minutos, pois a estrada era bastante sinuosa, e debaixo de um calor infernal apenas combatido pelo AC do carro, lá chegamos ao nosso destino, e à chegada deparamo-nos com um espaço simpático, com várias esplanadas à disposição, e também com salas interiores para os que assim preferirem.

Como estava mesmo muito calor, cerca de 33ºC, ficamo-nos pela zona intermédia no exterior, mas debaixo de uma protecção.

À chegada, fomos recebidos por um dos funcionários que nos encaminhou à mesa e desde logo apresentou a lista das opções para o nosso almoço.

Sobre o que já tinha estudado sobre este espaço, uma das principais atracções para quem lá passa, é sem dúvida alguma, o champarrião. E não desiludiu minha gente...

Mas afinal o que é isso do champarrião, peguntam vocês e muito bem.

O champarrião é uma bebida típica do norte litoral de Portugal preparada com vinho da região, enriquecido com outras bebidas alcoólicas, canela, café e açúcar. É uma bebida bem adocicada, traiçoeira e falsamente inocente por seu cheirinho de canela. Além disso tem particularidade de ser servido numa grande tigela da qual todos se servem com um copo de barro para os seus próprios copos… O seu grande problema é conseguir controlar a vontade de beber mais e mais e mais... Enfim, um verdadeiro vício...

Logo de seguida começaram a chegar os nossos petiscos.

Começamos por uma travessa de presunto e queijo, que apenas podemos podemos dizer que estava impecável. sendo o presunto fatiado à máquina e com um sabor tradicional e não muito salgado.

O queijo cortado em cubos, faziam um bom complemento ao presunto e apresentavam uma textura mole e com um sabor não muito agressivo.

De seguida, chegaram as moelas, cobertas pelo seu molho característico, e com uma cama de pickles no topo. As moelas estavam extremamente bem cozinhadas e o molho era consistente e com o nível de picante necessário para ficarmos com uma ligeira irritação na garganta, mas ao mesmo tempo com uma festa a decorrer no palato. É lógico que isto convidava a mais uns copos de champarrião, mas não haveria de ser nada...

Depois das moelas seguiram-se os rojões. Sabor diferente, também a sentir um ligeiro trago a picante, mas muito saborosos. Não estavam secos, o que é normalmente o mal dos rojões para petiscar, e com uma textura compacta e não muito dura.

Para finalizar, umas asinhas de frango, que para fazer pandant com o resto dos petiscos apresentavam um molho picante, e bem cozinhadas, saborosas e de textura apelativa tanto aos olho como para o paladar.

Terminamos com um cafézinho e um xiripiti de bagaço com mel geladinho que assentou que nem ginjas, fazendo com que tudo se compactasse na perfeião.

A juntar a tudo isto, a simpatia demonstrada pelo staff foi também algo que ressaltou pela sua abundância, principalmente apresentada pelo funcionário mais antigo do estabelecimento, o Sr. Marco e e o respectivo patrão, o Sr. Paulo, que tentaram perceber se tudo estava de acordo com o esperado e de acordo com as nossas expectativas.

Quanto ao preço, apenas posso dizer que a média de 12,50 Euros por pessoa, face a tudo o que veio para a mesa tanto de comida, como de comida, não reflecte minimamente a quantidade e qualidade do que comemos.

Assim sendo, resta-me deixar a minha opinião em jeito de pontuação relativamente ao "Café Caçana":


Ambiente: 9


Comida: 8


Serviço: 8


Limpeza: 7.5


Preço: 9


Total Geral: 8.3


Apesar de termos optado por ir almoçar, todos os períodos do dia são convidativos para estar no Caçana, mas não há hora melhor do que um fim de tarde solarengo, onde pode petiscar e socializar no terraço com uma vista para o pôr do sol no mar ao largo de Vila Praia de Âncora.


Espero que tenham gostado desta experiência no Caçana, que é um sítio muito fácil de descrever: um estabelecimento enquadrado na ruralidade dos caminhos da Serra D´Agra que, nada mais é do que um simpático café de aldeia que ganhou fama por servir o melhor champarrião da região do Minho. E não só – além de ser o melhor, a bebida é servida numa tigela de barro, acompanhada ainda por mais uma caneca também de barro de forma a colocar o liquido nos respetivos copos. Tudo isto, para entrar no verdadeiro espírito da coisa e sentirem as verdadeiras raízes tugas.

Abreijos


Brutus - 25/08/2019







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