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Café Costa, Valongo

Olá Maltinha Tasqueira.

Depois de um período de recuperação do nosso I Encontro de Seguidores da Tasca do Brutus, já estamos novamente prontos para a ação e para vos dar conhecer mais experiências gastronómicas aqui da malta.

O Outono está aí em força e quase a quase a dar lugar ao Inverno em toda a sua plenitude trazendo consigo a chuva e o frio que daí advém. Dias mais curtos, noites que começam às 17:00, enfim... Não é que não goste destas estações do ano, mas a verdade é que havia de haver um limite de sei lá, talvez 2 meses do ano para existirem... se bem que com todas as alterações climáticas que para aí andam, a coisa é capaz de se dar... (Não digam ao Trump que eu escrevi isto...)

E é precisamente nestas alturas que a chamada "comida de conforto" mais nos atrai, contudo, não é bem o que o vos trago para a nossa experiência de hoje.

O nosso querido amigo e seguidor Manuel Pinto, endereçou um simpático convite a mim e a todo o Staff técnico da Tasca do Brutus, de forma a irmos experimentar uma "francesinha diferente de todas as outras que havíamos comido até então".

Foi então que no dia 30 de Outubro, quarta feira, fomos experimentar uma das mais famosas casas de francesinhas e pregos de Valongo, o "Café Costa".

Uma casa com várias décadas de existência e que se tem mantido fiel à sua tradição, tanto na forma de confeccionar os seus snacks, como na logística do espaço, mantendo uma decoração típica do final dos anos 80, inícios dos anos 90 com mesas pequenas, mas com a capacidade de se juntarem para os grupos maiores e com uma sala bastante ampla, não tendo qualquer televisão na sala.

Chegamos por volta das 20:30, e tendo em conta que se tratava de um dia de semana, com futebol na televisão, e que chovia a potes, a verdade é que a meia casa registada aquando da nossa chegada foi desde logo uma surpresa. Todos nós sabemos o quanto o tuga tem relutância em sair de casa com chuva e com bola na tv.

À chegada, foi-nos questionado se iríamos querer algo para petiscar como entrada, tendo o funcionário desde logo sugerido uns rissóis e uns croquetes, que ao que parece são de feitura própria.

Contudo, por sugestão do nosso anfitrião Manuel, achamos por bem optar por experimentar o prego em pão. E foi assim que fizemos o pedido, de forma a que cada um de nós pudesse experimentar meio prego em pão cada um.

E começamos bem... Uma carne tenra, cujo sabor sai ainda mais valorizado pela presença da mortadela. Um pequeno toque de mostarda et voilá... não precisa de mais nada. Um prego saboroso e de qualidade assinalável, servido em pão torrado e prensado, simples, sem grandes inovações, mas que serviu muito bem o propósito a que se predispôs, que foi o de ser a nossa entrada para o resto do jantar.

Para o prato principal, os pedidos foram variados, uns ficaram-se pelo prego em prato, outros optaram por cachorro especial, e por fim houve quem optasse pela famosa francesinha.

Como é lógico, optei pelo snack que dá mais nome à casa, e esse é sem dúvida alguma, a francesinha, contudo fiz questão de provar de todos os pratos, de forma a poder emitir opinião sobre os mesmos.

Começo pelo prego em prato: Um bom bife, da mesma qualidade da carne do prego em pão mas com um pouco mais de consistência, que não se consegue vislumbrar quando vem para a mesa, uma vez que está coberto pelas batatas fritas CASEIRAS à rodela e ainda com fatias de mortadela no topo, azeitonas e pickles. Uma boa combinação tradicional com produtos de qualidade assinalável.

Passamos agora para o cachorro especial, que apesar do nome, é um tanto ou quanto diferente do cachorro especial que estamos habituados.

Para começar podemos falar logo do recheio deste cachorro, à base de linguiça e mortadela. Linguiça grelhada diretamente na infra de barras, acompanhada por uma cama de mortadela. Quanto ao queijo, ao contrário do que é normal, em vez de se sobrepor ao pão, encontra-se dentro do mesmo, fazendo parte da sande. Tudo isto bem prensado, e regado por um molho de francesinha bem peculiar e que irei falar mais em pormenor mais à frente. Pode ser acompanhado por batata frita, que também vem cortada à rodela.

Por fim, a francesinha... Acreditem, que ainda hoje estou a pensar sobre o que dizer da francesinha que comi no Café Costa. É que é tão diferente daquilo que eu estava à espera que me deixou completamente sem palavras, e muito por causa do molho que a acompanha.

Mas comecemos pela sande em si: a meu ver, este é o lado mais positivo que esta francesinha apresenta. Bife de qualidade, tenro e saboroso, acompanhado por uma gentil cama de mortadela e linguiça grelhada, que deveria ser muitíssimo melhor confeccionada e estava praticamente crua. Tudo isto numa sande bem compacta e bem prensada sobre posta sobre um lençol de queijo em barra derretido pelo calor do pouco molho com que se faz acompanhar.

Quanto ao molho, aqui é que as opiniões se dividiram... Uns gostaram, outros não, outros assim assim... Eu sinceramente, achei demasiado diferente. Passo a explicar:

- Este molho de cor alaranjada extremamente viva, conforme poderão verificar pelas fotografias não é daqueles molhos para mergulhar a francesinha e quase afundá-la...

É um molho de sabor algo doce e picante, de textura demasiado fina e oleosa, fazendo quase lembrar o molho picante dos famosos cachorrinhos do Porto, mas com textura alaranjada.

O que vos posso dizer, é que não era o que estava à espera, contudo, também não desgostei, tendo ficado pela opinião intermédia...

As batatas fritas que acompanharam a francesinha eram também de corte à rodela e estavam bem confeccionadas, servindo o seu propósito.

Tudo isto, bem regado com uns fininhos de "Super Bock" para apaziguar o palato apimentado do molho da francesinha.

O nosso anfitrião Manel, ainda sugeriu que experimentássemos o Caldo Verde para finalizar a refeição, mas aí já tive de rejeitar. Já não havia espaço, além de que o palato já não iria saborear o real sabor do caldo verde por estar calcinado pelo molho picante.

Ficamo-nos pelo cafézinho e um brandy Croft como digestivo.

Quando fomos pagar, recebemos uma informação dramática: Não havia Multibanco...

Contudo, do outro lado da rua dispomos de várias caixas para podermos levantar dinheiro.

Quanto ao preço, num grupo de 10 pessoas, um total de 14.50 Euros por pessoa. Nada mau, tendo em conta as quantidades de comida e bebida que vieram para a mesa.


Terminada a minha análise, deixo-vos então as minhas considerações em forma de pontuação relativamente ao Café Costa em Valongo:

Ambiente: 7


Comida: 7.5


Serviço: 7.5


Limpeza: 7.5


Preço: 8.5


Total Geral: 7.6


Espero que tenham gostado desta nova experiência, recomendo que visitem, pelo menos aqueles que gostem de experimentar coisas diferentes do normal, mas que tentem manter as tradições.


Abreijos


Brutus - 05/11/2019




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