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Restaurante "A Casinha", Matosinhos



Olá maltinha Tasqueira...

Como é pessoas? Ainda andam ou já rebolam? Eu confesso que depois do Natal, já faço um misto das duas coisas. É impressionante as quantidades de comida e bebida que metemos cá para dentro, sem que o corpo transmita ao nosso cérebro de: "JÁ CHEGA!!! VAI COMER LÁ FORA PÁ..." E depois claro, há que culpar a máquina de lavar porque as calças mingaram ou porque a qualidade das camisas é duvidosa... Enfim, o mesmo de todos os anos. ;0)

Agora a sério, espero que tenham tido um Bom Natal na companhia daqueles que vos são mais queridos e se possível acompanhados por uma mesa bem farta...

Como não poderia deixar de ser, não podia deixar que 2019 se despedisse da malta, sem vos trazer aquela que foi a minha última experiência gastronómica do ano.

Foi no passado dia 21 de Dezembro, que acompanhado de amigos e claro, malta do Staff Técnico, fomos celebrar o Natal e aproveitar para conhecer o Restaurante "A Casinha" em Matosinhos, bem como os seu simpático Staff, de onde destaco o grande Vitor Lemos e a D. Ana que nos brindaram para além de um serviço exemplar, com uma elevada dose de simpatia alargada a todo o Staff d´ "A Casinha".

Mas passemos então à review deste espaço localizados famosa zona das Marisqueiras, mais concretamente na Rua Tomaz Ribeiro nº 248. Estacionar é difícil, por isso sugerimos o Parque de Estacionamento que se encontra a 100 metros do restaurante. Acreditem que mais vale gastar 3 ou 4 euros no parque do que ter uma surpresa de 30 euros para digerir a sobremesa...

Depois de estacionarmos no parque, chegamos à hora marcada (20:30) e fomos encaminhados para o piso superior onde iria decorrer o nosso jantar.

Quanto ao espaço, a meu ver o que mais se destaca são as cores claras, em todas paredes, sendo o branco a cor predominante, apenas interrompido pela bela garrafeira que ocupa toda a parede do balcão principal do piso superior.

Destaque também para a parede em pedra exposta também ela caiada de branco, mas que transmite à sala um ar aconchegante e rústico que tão bem se coaduna com este tipo de restaurantes. O mobiliário é também ele de tons claros, mas em tons de beje, o que parece dar à sala uma maior amplitude.

Resumindo, um ambiente extremamente "clean", simples mas com classe e onde todo o grupo se sentiu em casa.

Antes de mais, é bom salientar que se tratava de um serviço contratado com preço fixo por pessoa, o que muitas vezes em alguns restaurantes se torna num forma de tentar ludibriar o cliente, contudo, isso não se passou aqui n´"a Casinha".

Após estar todo o grupo sentado, começaram a chegar algumas entradas para nos irmos entretendo. Coisas normais como rissóis, azeitonas, e ainda azeite e manteiga para degustar no pão. Para beber, optei por maduro tinto da região demarcada do Douro. O que estava incluído no pacote era "Piano de 2018, que de acordo com os utilizadores do site Uvinum.pt, tem uma pontuação de 4.3 e 5. Um vinho encorpado de teor alcoólico a rondar os 14º e que se comportou muito bem ao acompanhar o nosso repasto.

Depois de cerca de 10 minutos onde nos entretemos a provar o vinho e comer algo para enganar o estômago, chegaram aquilo a que gostaria de chamar as entradas principais:

Começamos por uma espetada de queijos e enchidos, composta por 2 tipos de queijos diferentes, penso que um seria de cabra devido ao sabor mais intenso e outro de vaca e ainda presunto e chourição. Uma boa forma de aquecer os motores e aguçar o apetite para o que ainda viria...

De seguida, uma entrada que pôs o meu palato a bater palmas durante a sua degustação: Alheira embrulhada em massa filo sobre cama de doce de frutos vermelhos... UAU gente... Divinal!!! Eu simplesmente adoro estes combinados de salgado, doce e estaladiço... Sem dúvida alguma, um dos pontos mais positivos da noite. Mas há mais...

E depois de todos terminado esta maravilhosa, e de alguns terem ido queimar uns preguitos para o caixão, eis que começaram a chegar os pratos principais.

À escolha tínhamos 1 de 3 pratos, tornedó de vitela barrosã, bacalhau com natas e ainda filetes de pescada.

Dos 3, acho que nem precisava de dizer o que é que escolhi pois já andamos aqui há uns tempinhos e vocês já me conhecem o suficiente para saber que foi a carninha. Portanto, em termos de opinião vou-me cingir a este prato, uma vez que não provei os restantes.

Apresentada numa espécie de caçarola e vinda diretamente do fogão para a mesa, o tornedó estava simplesmente impecável. Super bem temperado com um molho à base de alho, a carne praticamente que se desfazia na boca. Quem conhece a carne barrosã, sabe que não desilude, e este tornedó de facto não desiludiu. Confeccionado como manda a lei dos Deuses gastronómicos, deixando uma pequena linha cor de rosa no meio dos nacos já cortados. Um verdadeiro deleite para qualquer apreciador de carninha da boa. O tornedó fez-se acompanhar por arroz de tomate, que simplesmente não toquei, mas que, de acordo com algumas opiniões (Staff técnico) não era a razão principal para irmos comer à Casinha, e ainda umas batatas fritas CASEIRAS temperadas com ervas aromáticas e alho. Foi a primeira vez que experimentei batatas fritas temperadas com esta combinação e posso-vos desde já dizer que fiquei fã.

Como sobremesa, havia uma variedade de sobremesas bastante grande de onde cada um pode escolher o que mais gostava.

Tendo em conta que uma das hipóteses era leite creme, a minha escolha estava feita logo à partida. Contudo, e tendo em conta que uma das pessoas do grupo não quis comer sobremesa, também aproveitei para provar a tarte de amêndoa e leite condensado.

Começando pelo leite de creme, e como sabem, sou um aficionado deste doce, posso-vos desde já adiantar que a textura estava de acordo com os meus gostos. Não muito liquido, nem muito sólido a ponto de parecer pudim. Estava mesmo no ponto correto, no entanto, eu prefiro o leite creme sem ser queimado, simples ou com uma pitada de canela, e infelizmente quando fiz o pedido, o mesmo já estava queimado. Apesar de tudo, o sabor estava lá. Notava-se bem a presença do limão e digamos que em termos de doçura, era um leite creme que não abundava no açúcar. Bastante equilibrado, mas acho que um pouquinho mais de doce par cortar o sabor do limão não faria mal.

Para acabar a saga das sobremesas, posso salientar que a tarte de amêndoa e leite condensado tem o açúcar em falta do leite creme e ainda mais algum... Muito boa e com uma textura rígida por fora, mas que se desfaz na boca. Apenas de salientar que a amêndoa vem misturada com o recheio e não sobre a tarte como poderão eventualmente pensar.

Terminamos o nosso belo repasto com um cafézinho e um digestivo cortesia do grande Vitor Lemos, um Whisky "The Balvenie 12 Anos" que ajudou a equilibrar e a digerir este manjar digno dos Deuses.

Quando todos pensávamos que estava terminado este maravilhoso jantar convívio, eis que o grande Vitor nos presenteia ainda com uma taça de espumante para podermos brindar em grupo e reiterar os votos de Bom Natal.

Por fim, o preço que estava estipulado de 25.00 Euros por pessoa ajustou-se na perfeição a tudo o que tivemos oportunidade de degustar tanto em termos de quantidade, como em termos de qualidade.

Desta forma, e em jeito de pontuação, aqui fica a nossa opinião sobre a experiência n´"A Casinha":


Ambiente: 9


Comida: 8.5


Serviço: 8.5


Limpeza: 8.5


Preço: 8


Total Geral: 8.5


Como podem ler pelas minhas palavras, "A Casinha" não se resume apenas e só à qualidade da comida servida aos seus clientes. Simpatia, eficiência e o saber cuidar dos seus clientes são também ideias que pairam na cabeça de quem gere aquele espaço e isso transparece em todas as ações tomadas por que em está atrás do balcão ou na cozinha.

As pontuações falam por si e tudo isto faz com que o Total Geral de 8.5 em 10 possíveis, coloque "A Casinha" diretamente no nosso TOP 5 do Ranking da Tasca do Brutus, mais concretamente em 4º lugar ex aequo com a Cervejaria Gazela.

Façam o favor de visitar e partilhar as vossas opiniões.


Espero que tenham gostado desta ultima experiência de 2019.

Desejo a todos vós um excelente ano de 2020, com muita saúde, amor e acima de tudo Boa Gastronomia e convívio.


Abreijos,


Brutus - 30/12/2019






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